
Você já ouviu alguém dizer que escuta perfeitamente, mas tem dificuldade para entender o que foi dito? Esse é um relato comum entre pessoas que passam por alterações na forma como o cérebro interpreta os sons — uma condição que vai além da simples capacidade de audição. Muitas vezes, o som chega corretamente aos ouvidos, mas a compreensão da fala fica comprometida. E é aí que a fonoaudiologia, aliada aos conhecimentos da neurociência, entra em cena.
Essa situação pode afetar desde crianças em fase de desenvolvimento até adultos e idosos, especialmente quando há doenças neurológicas associadas ou envelhecimento cerebral. O que muitas pessoas não sabem é que a capacidade de compreender os sons também pode ser reabilitada. Por meio da chamada plasticidade cerebral, o cérebro tem a incrível habilidade de reorganizar suas conexões e criar novos caminhos para processar melhor as informações recebidas. E é esse potencial que os fonoaudiólogos trabalham para estimular.
“A plasticidade cerebral é a base do nosso trabalho. Mesmo quando há lesões ou dificuldades, é possível estimular o cérebro a reaprender, a se adaptar e a formar novas conexões que melhorem o entendimento da fala”, explica a fonoaudióloga Mayara Mautone, do Espaço Humanare, no Eco Medical Center.
Muitas vezes associada apenas ao tratamento da fala, a fonoaudiologia também atua na avaliação e reabilitação da audição e da percepção auditiva. Isso inclui situações em que o paciente escuta normalmente, mas apresenta dificuldades para reconhecer palavras, interpretar sons, compreender frases ou seguir conversas com clareza — especialmente em ambientes com ruído, por exemplo.
Essas dificuldades podem estar relacionadas a alterações nas áreas auditivas centrais do cérebro, que processam e interpretam os sinais sonoros recebidos pelo ouvido. São chamadas de transtornos do processamento auditivo central (TPAC), que afetam a forma como a pessoa identifica, diferencia e compreende os sons do ambiente, mesmo com audição periférica preservada.
Identificar essas alterações exige avaliação fonoaudiológica especializada, com testes específicos para medir o desempenho auditivo central. Além disso, em casos de doenças neurológicas, como AVC, demências ou traumas cranianos, essas alterações na compreensão auditiva são ainda mais comuns e, muitas vezes, passam despercebidas durante o processo de reabilitação.
“Pacientes com dificuldade de atenção, memória ou linguagem podem se beneficiar muito de uma escuta mais clara e ativa. Por isso, o treinamento auditivo é uma ferramenta essencial para otimizar o processo de reabilitação neurológica como um todo”, reforça a fonoaudióloga.
O tratamento envolve treinamento auditivo direcionado, com exercícios terapêuticos capazes de estimular regiões do cérebro responsáveis pela decodificação da fala. Também pode incluir estratégias de comunicação para o dia a dia e adaptação do ambiente sonoro.
Qualquer pessoa que perceba dificuldade em compreender a fala, especialmente em locais com ruído, muitas vezes precisando que os outros repitam o que foi dito, pode se beneficiar de uma avaliação com fonoaudiólogo. Isso inclui:
No Espaço Humanare, os atendimentos fonoaudiológicos buscam compreender as particularidades de cada paciente para oferecer um plano terapêutico que valorize o potencial de reabilitação do cérebro, contribuindo para uma vida mais funcional, conectada e independente.
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