Cerca de 30% da população brasileira se queixa ou sofre de dor. Os dados, da Sociedade Brasileira para Estudos da Dor, também mostram que, quando presente, a dor se assemelha a uma doença em si, podendo levar a imobilidade, depressão, alterações do sono, problemas nutricionais, dependência de medicamentos, incapacidade para o trabalho, ansiedade, medo, amargura, frustração e até mesmo suicídio.
Em uma análise feita sobre dor crônica, em unidade do SUS, a prevalência de pessoas com dor foi ainda maior, variando entre 30 a 50%.
A médica Cristina Megumi Horiuchi Sato, que é clínica geral no Eco Medical Center - Curitiba, explica que no Brasil ainda não existe uma política de saúde pública que leve em consideração a questão da dor, inclusive nas doenças citadas pela OMS em que a dor é uma dimensão agravante.
"Estes pacientes precisam ser triados e os médicos e profissionais da saúde preparados para tratá-los quando possível ou encaminhá-los a centros ou unidades aptas a abordar esse tipo de paciente", explica a Dra. Cristina.
Pensando nisso, em Curitiba, acaba de ser criado o primeiro Centro Integrado de Tratamento da Dor. Localizado no Eco Medical Center (Rua Goiás 70), complexo médico com mais de 35 especialidades e 200 especialistas, o Centro Integrado da Dor tem como diferencial a triagem e encaminhamento imediato do paciente com dor para os especialistas e também oferece todos os tipos de exames necessários para que o paciente faça tudo em um único local.
"O nosso diferencial é contar com uma equipe clínica integrada e experiente. Identificamos que a dor de cabeça do paciente, por exemplo, tem relação com a visão e encaminhamos no mesmo momento ao oftalmologista, evitando uma jornada demorada e permitindo a conclusão do diagnóstico de forma rápida e com maior assertividade”, explica Cristina.
Outro fator que será avaliado no Centro Integrado da Dor serão os casos de dor crônica. "O atendimento é feito pelo especialista da área. No caso de dores na coluna ou nas articulações, por exemplo, o ortopedista recebe o paciente, solicita os exames que são feitos no mesmo local e já indica o tratamento, que pode ser feito, inclusive, com fisioterapia na própria clínica de fisioterapia localizada no 9 andar Eco", explica o ortopedista Daniel Carvalho.
Ele explica que as mudanças no cérebro de quem sofre de dor crônica têm sido motivo de inúmeras pesquisas. Estudos de neuroimagem mostram mudanças morfológicas em algumas áreas do córtex cerebral, mudanças físicas, funcionais e genéticas no cérebro de quem sofre de dor persistente.
"A questão de reconhecer a complexidade da dor crônica, como se fosse uma doença, é fundamental para a prática clínica, diferenciando-a da dor aguda, para fins educacionais, científicos e até administrativos", completa.
O Centro Integrado da Dor conta com uma equipe multidisciplinar altamente qualificada: clínicos gerais, neurologista, ortopedista, médicos do aparelho digestivo, fisioterapeuta, ortopedistas, radiologista (ultrassonografia), otorrino e outros especialistas que trabalham juntos por um objetivo em comum, melhorar a qualidade de vida de nossos pacientes.
A estrutura dispõe de salas de atendimento e consultórios com acessibilidade para pessoas com necessidades especiais e os mais modernos equipamentos.
Patrick Gil, gestor do Eco Medical Center, explica que o conceito tem como objetivo oferecer a medicina de ponta com atendimento humanizado e eficaz contra dor, tudo no mesmo local, evitando deslocamentos. "Os médicos têm todos os dados dos seus pacientes armazenados pelo nosso aplicativo próprio, permitindo o acompanhamento de forma integrada e inteligente", menciona Patrick.
A consulta pode ser agendada pelo site, pelo aplicativo e também no próprio local. A capacidade de atendimento é de 6 mil consultas ao dia, incluindo exames como ressonância magnética, raio-X, endoscopia e especialidades como ortopedia, pediatria, oftalmologia, neurologia, neurocirurgia e oncologia. O complexo médico aceita mais de 40 planos de saúde.
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