Estudos indicam que a prática regular de atividade física pode reduzir em até 30% o risco de desenvolver câncer de mama, além de trazer inúmeros benefícios à saúde física e mental das mulheres. Esse dado impactante foi um dos temas centrais do evento Eco of Science: Performance Humana - O Exercício na Saúde da Mulher, realizado no Eco Medical Center, em Curitiba.
O evento contou com três palestras que abordaram os benefícios do exercício físico, os limites saudáveis da prática esportiva e como a atividade física pode ser incorporada no dia a dia das mulheres para melhorar a saúde e a qualidade de vida.
O cardiologista Marcelo Leitão, especializado em performance humana, destacou em sua palestra a importância de tratar a aptidão física como um sinal vital, ao lado de outros indicadores de saúde como a pressão arterial e a frequência cardíaca. “A aptidão física, especialmente a aeróbia, é um dos principais preditores de mortalidade. Estudos mostram que um aumento na aptidão física pode reduzir a mortalidade geral em 13% e a mortalidade cardiovascular em 15%”, ressaltou o médico, citando um artigo publicado na revista científica JAMA.
Segundo Marcelo, a performance cardiorrespiratória está diretamente ligada a uma maior longevidade e qualidade de vida. "Indivíduos com maior aptidão física têm uma redução de 45% no risco de mortalidade geral", afirmou. Ele também destacou o conceito de idade biológica versus idade cronológica, explicando que a atividade física regular pode "rejuvenescer" o corpo, enquanto a falta de aptidão física pode envelhecer o organismo de forma prematura.
“Uma vez recebi mãe e filha no meu consultório. A mãe, de 60 anos, praticante de atividade física, super ativa. A filha, com 28 anos, sedentária. Fizemos as avaliações físicas em ambas e o resultado assustou as duas. A mãe tinha uma aptidão física equivalente à de alguém com 38 anos. Já a filha tinha aptidão de uma pessoa de 48 anos. Isso acendeu o alerta na filha para a mudança de hábitos. Esse tipo de comparação muitas vezes é o que motiva as pessoas a começarem a se cuidar”, compartilhou o médico.
Exercício físico e a prevenção do câncer de mama
A ginecologista e cirurgiã Juliana Pereira trouxe à discussão os efeitos preventivos e terapêuticos do exercício físico no tratamento do câncer de mama. “O exercício físico não só ajuda na prevenção do câncer de mama, mas também melhora a resposta ao tratamento e aumenta as chances de cura”, destacou.
A médica explicou que a prática regular de atividades físicas atua diretamente na regulação hormonal, reduzindo os níveis de estrogênio, de resistência à insulina, da inflamação e do estresse oxidativo, fatores que estão associados ao surgimento de células cancerígenas. Falando em termos mais científicos, ela explicou a ação de cada hormônio no corpo e a relação deles com o câncer:
Ou seja, o exercício físico tem uma ação imunomoduladora, fortalecendo o sistema imunológico e ajudando o corpo a combater as células tumorais.
“Mulheres que praticam atividade física durante o tratamento de câncer de mama têm melhor função cardiopulmonar e suportam melhor os efeitos colaterais, o que contribui para uma melhor qualidade de vida”, ressaltou a Juliana. Ela também mencionou que a prática de exercícios após a cura reduz o risco de retorno da doença e minimiza o risco de outras condições, como doenças cardiovasculares. “E não é só porque ela está em recuperação de um câncer que a atividade física dela tenha que ser leve. Quanto mais puxada a atividade, melhor a saúde dela, dentro dos limites físicos que ela puder no momento do tratamento”, disse.
Médico ativo, pacientes ativos
A ginecologista e médica do esporte Cidinha Ikegiri falou sobre o papel do médico na promoção de hábitos saudáveis e na persuasão dos pacientes a adotarem um estilo de vida mais ativo. “Estudos mostram que médicos fisicamente ativos têm entre 3% e 5% mais chances de convencer seus pacientes a praticarem exercícios físicos”, destacou.
Cidinha explicou que médicos, ao integrar atividade física na sua rotina, passam a ser exemplos vivos de saúde aos pacientes. "Nós somos curadores de informação, e os pacientes nos veem como inspiração. Quando conseguimos adotar hábitos saudáveis e transmiti-los de forma prática, temos o poder de transformar vidas", afirmou.
A médica também compartilhou seu papel como educadora nas redes sociais, onde se esforça para motivar mulheres a começarem um estilo de vida ativo, mostrando que é possível, com mudanças graduais e consistentes, alcançar mais saúde e bem-estar. Reforçou ainda que atividade física é um compromisso que deve ser colocado na agenda igualmente a qualquer outro compromisso do dia a dia.
Com falas embasadas em estudos científicos, os três médicos demonstraram também a urgência de todos os profissionais de saúde colocarem em suas consultas uma anamnese sobre atividade física aos pacientes. Um máximo de 5 minutos de perguntas sobre o tema, mas que podem multiplicar por cinco os anos de vida do paciente.
“Temos um corpo clínico diversificado aqui no Eco Medical Center, onde o paciente pode resolver toda a sua saúde num só lugar. O doutor Marcelo Leitão conduz o Centro de Performance Humana, mas temos várias outras especialidades que podem cuidar do paciente de forma 360º, incluindo a Agma, academia onde os pacientes podem se reabilitar ou melhorar a sua aptidão física de forma completa, com fisioterapeutas e educadores físicos”, concluiu Cássio Zandoná, CEO do Eco Medical Center, ao final do Eco of Science.
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