O retorno às aulas exige adaptações que vão além da compra de materiais escolares. Mudanças na rotina podem afetar diretamente a saúde das crianças, influenciando desde a resistência imunológica até a capacidade de concentração em sala de aula. Para minimizar riscos, especialistas reforçam a importância de estratégias preventivas, como consultas médicas e ajustes no dia a dia.  

Segundo a pediatra Fabiana de Cássia, do Eco Medical Center, em Curitiba, ambientes com aglomeração, como escolas, são propícios à circulação de vírus. Por isso, ela recomenda que os pais levem os filhos a um pediatra antes do início das aulas. “Além de atualizar a carteira de vacinação, inclusive com imunizantes disponíveis apenas na rede particular, é fundamental avaliar condições como asma ou alergias, que exigem atenção redobrada”, explica.  

A médica também orienta sobre hábitos pós-escola: trocar o uniforme, higienizar as vias respiratórias e tomar banho ao chegar em casa são medidas simples que reduzem a exposição a agentes infecciosos. Quanto ao sono, a recomendação é manter uma rotina de 8 a 12 horas de descanso por noite, dependendo da idade.

“Após o período escolar, quando chegar em casa, priorize atividades como alimentação, lições de casa e brincadeiras livres, evitando o uso de telas. Isso ajuda a regular o relógio biológico e prepara a criança para o dia seguinte”, completa.  

Para famílias de crianças com doenças crônicas, o acompanhamento médico é ainda mais fundamental. Consultas periódicas e exames específicos garantem que quadros como alergias ou distúrbios respiratórios não interfiram no aprendizado. “A saúde pediátrica é a base para um ano letivo produtivo e seguro”, finaliza Fabiana.