Nova toxina botulínica promete durabilidade duas vezes maior

Saúde e Informação20 de outubro de 2022

Nova toxina botulínica promete durabilidade duas vezes maior

Após 50 anos desde o primeiro uso da Toxina Botulínica, em 1973, pela primeira vez uma nova fórmula do produto promete uma durabilidade duas vezes maior, se comparada às marcas atuais disponíveis no mercado. 

A daxibotulinumtoxinA-lanm (Daxxify) – que continua sendo injetável –  só começa a perder efeito depois de sete meses da aplicação. Já os produtos existentes têm durabilidade  entre três e quatro meses.

A nova toxina botulínica também é derivada de uma bactéria, utilizando o mesmo mecanismo de ação das concorrentes. 

No entanto, um novo arranjo químico durante o processo de estabilização da toxina promete maior duração. O Daxxify encontrou uma maneira de manter a fórmula estável com tecnologia de peptídeos, em vez da proteína animal ou soro humano, que normalmente era usado. 

“Isso resultou em uma toxina com uma duração superior às anteriores – 80% dos pacientes mantiveram a ação da toxina por 4 meses e 50% com 6 meses. E uma minoria de até 8 meses de duração”, explica Amarilis, que atua na Clínica Núcleo da Pele, localizado no 8 andar do Eco Medical Center em Curitiba.

Redução da durabilidade na pandemia

A preocupação com a durabilidade do Botox se intensificou na pandemia da Covid-19, quando pacientes começaram a perceber que os resultados estavam durando menos. Amarilis explica que esse efeito acontece devido ao processo inflamatório provocado pelo vírus. “Com a pandemia da sars-covid, tivemos vários pacientes se queixando da redução da ação da toxina após infecção, isso se deve principalmente ao processo inflamatório generalizado que o vírus causa no organismo, reduzindo o tempo de ação da toxina e fazendo a musculatura retornar sua contração mais rapidamente”, afirma. 

Outros fatores também influenciam na redução da durabilidade do Botox, como a perda de colágeno durante o envelhecimento, o excesso de atividade física e pessoas que são muito expressivas. 

Para preservar a durabilidade do tratamento, a dermatologista recomenda a associação com outros procedimentos que induzem um aumento do estímulo do colágeno na pele, como os bioestimuladores e o ultrassom microfocado. 

“Esses procedimentos aumentam o colágeno na pele, deixando-a mais densa e contribuem para maior durabilidade da toxina. Outro cuidado que os pacientes devem ter é evitar exposição solar intensa, que acelera a degradação da matriz extracelular, e consequentemente nosso colágeno, assim como o consumo excessivo de carboidratos, bebidas alcoólicas e tabagismo”, afirma Sand.

Toxina Botulínica

Existem cinco diferentes marcas de toxinas botulínicas. A substância é produzida por uma bactéria chamada Clostridium botulinum que paralisa o movimento dos músculos no local onde é aplicada. 

O processo é realizado por meio de estímulo elétrico para a contração de um músculo, que parte do cérebro, atravessa a medula espinhal e  corre pelos nervos até o seu ramo mais fino. 

A passagem da informação entre o nervo e o músculo é feita com a liberação de uma substância chamada acetilcolina, liberada pelo nervo. A toxina botulínica age através do bloqueio da liberação desta substância pela terminação do nervo. “Se o músculo não recebe a acetilcolina, ele não contrai. Assim, a toxina botulínica paralisa a musculatura, bloqueando a informação do estímulo elétrico de chegar até o músculo”, diz Amarilis Taís Sand.

A substância é utilizada, além da dermatologia, em procedimentos ortopédicos, oftalmológicos, odontológicos, neurológicos e outros.

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