Notícias • 30 de maio de 2025
Saúde 4.0 foi o foco do Fórum Saúde & Bem-Estar do Eco Medical Center e LIDE Paraná
Humanização x tecnologia, saúde mental no ambiente corporativo; gestão com base em dados e o preparo médico além da Medicina foram temas debatidos no Fórum
A tecnologia é essencial para tornar a vida de pacientes e médicos mais assertiva, ágil e eficaz. Mas sem humanização, boa gestão, saúde mental e preparo médico, não é possível levar o melhor que a Medicina pode oferecer à população. Esses foram temas discutidos durante o Fórum Saúde & Bem Estar, realizado na Associação Médica do Paraná, em Curitiba, na última terça-feira (27).
O Fórum foi uma parceria entre o Eco Medical Center e o LIDE Paraná e trouxe reconhecidos profissionais para debater o tema. O evento reuniu líderes da saúde, executivos e especialistas em inovação para discutir o futuro da medicina e o impacto da tecnologia na qualidade de vida e no bem-estar dos brasileiros.
A palestra magna ficou por conta do médico J.J. Camargo, diretor de transplantes da Santa Casa de Porto Alegre e primeiro médico brasileiro a realizar um transplante de pulmão no Brasil e América Latina. De 1999 para cá, ela já realizou mais de 700 destes procedimentos. J.J. reforçou que a tecnologia é essencial na Medicina, porém, ela nunca deve andar separada da humanização no atendimento.
“A tecnologia não pode substituir afeto. O médico que não reconhece isso, está equivocado. O paciente frágil capta tudo, até a linguagem corporal”, alertou. Segundo Camargo, é essencial preservar a identidade do paciente e tornar cada atendimento uma experiência respeitosa e empática.
Integração do cuidado médico
Cássio Zandoná, CEO do Eco Medical Center, destacou os pilares de conveniência, qualidade e inovação do centro médico, que reúne mais de 45 especialidades em um único espaço. “Nosso objetivo é tornar a jornada do paciente fluida, evitando a fragmentação dos cuidados. Usamos tecnologia para integrar informações e equipes, garantindo atendimento contínuo e eficaz”, afirmou.
Zandoná ainda apresentou iniciativas como o concierge médico, o uso de inteligência artificial para registro automatizado em prontuários e a criação de uma rede de “embaixadores médicos”, para promover uma comunicação mais próxima e eficaz com os mais de 400 especialistas do centro médico e a discussão de casos para levar o melhor tratamento ao paciente.
A integração do prontuário médico também evita a repetição de exames e que o paciente precise ir a diversas instituições diferentes para realizar consultas e exames. No Eco, ele resolve toda a sua jornada médica num só lugar, tornando o sistema mais sustentável e promovendo ao paciente algo raro nos dias de hoje: economia de tempo.
Saúde mental no ambiente corporativo
A psicóloga e especialista em liderança, Nazareth Ribeiro, abordou a NR1, nova norma que obriga empresas a cuidarem da saúde mental dos colaboradores. “Estamos entre os países com mais casos de burnout no mundo. É preciso metrificar a saúde mental antes, durante e depois da implantação da norma. Lideranças devem olhar para o capital humano com prioridade”, defendeu.
Ela ressaltou a importância da comunicação não violenta e a conexão da NR1 com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como o direito à saúde, educação de qualidade e trabalho decente. Reforçou ainda que, embora esse não seja o objetivo da NR1, funcionários saudáveis e presentes trazem mais lucratividade à empresa.
A síntese da transformação
Para Heloísa Garret, presidente do LIDE Paraná, o evento foi marcante por unir ciência, tecnologia e sensibilidade. “Saímos com a certeza de que tecnologia e humanização não são opostos. Empresas saudáveis são sustentáveis quando colocam o colaborador no centro. Isso é essencial também para atrair e reter talentos num cenário de pleno emprego, como o que o Paraná está passando no momento”, avaliou.
O Fórum ainda contou com a participação de Heitor Augusto, diretor executivo comercial Saúde & Odonto da SulAmérica; Patrick Gil, COO do Eco Medical Center; Dr. José Fernando Macedo, presidente da Associação Médica do Paraná; Marcos Scaldelai, diretor executivo Safe Care; Ricardo Gullit, instrutor do Centro de Simulação Clínica da PUCPR; Marcus Yabe, diretor executivo do LIDE Paraná; Dr. Eduardo Jorge, diretor executivo da Paraná Clínicas; e Viviane de Jesus Forte, auditora-chefe do Ministério do Trabalho.